quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

CONFITEOR ( Uma confissão)



Dizem os entendidos que todos temos muitas maldades represadas em nosso íntimo. Não sei se tu, caro leitor, estás nesse caso.
Eu me confesso extremamente cruel.
E, como a confissão, ao que dizem, nos libera do fogo do inferno, abro meu coração.
Seguinte ( pigarro).
As dondocas e os dondocos vão para a praia para se bronzear, pegar uma cor . Ficam como aquelas galinhas de televisão de cachorro, rodando e rodando num espeto.
Quedam-se horas e horas, sob o sol, clamando por um carcinoma basocelular na bunda, nas virilhas, no nariz, nos mamilos.
Sem o sol essa gente entra em colapso. Tem claustrofobia uma vez isolados dentro de suas casas e o pior, tendo que aturar cônjuge e filhos.
Neste momento desaba uma chuva forte e fria, gélida, sobre Xangri La.
Meu coração se alvoroça com o balanço dos galhos , com os borrifos das gotas sobre as vidraças.
E, que maldade, com o desespero dos adoradores do sol, impotentes, tiritando com suas sunguinhas imprestáveis.
Chove mais, chove mais! rezo eu com um rosário bento em Roma e a bíblia em alemão gótico nas mãos.
Não pára, não pára!!!.
Merecerei eu perdão no dia do Juizo Final?