sábado, 6 de junho de 2015

A CADA VINTE ANOS DESCOBRIMOS A RODA

Vejam a seguinte e deslumbrada manchete:
"Magistrado faz sentença em linguagem coloquial para combater "juridiquês"" ( Clic RBS).
Noooosssaaaa! que maravilha! Um juiz que fala simples" Hosanna nas alturas!
O que eu quero dizer é que, ciclicamente  se redescobre a pólvora. Surge um " estudioso" e proclama  nova tese que encanta a todos.
Platão, Sócrates, Aristóteles já haviam escrito sobre, um quaquilhão de anos atrás!
" O Direito não se contém todo na lei". É mesmo, minha bela garota? Oh! que sensacional descoberta!
" Direito nulo  e Direito injusto" ? Até Radbruch chegou atrasado.
Um juiz prolatou uma sentença em versos!
OHHHHH, que lindo.
E agora essa última: um juiz que fala como " nóis".
Esse é o mal de quem não viaja e vive enclausurado na sua própria, majestosa e  etérea companhia. Tudo começou com ele.Leio o Pequeno Príncipe e já me considero um " intelectual".
Gente! a absoluta, quase total maioria dos juízes é recrutada dentre camadas até mais simples da população.
Sentenças ornadas com  filosofias de almanaque estão condenadas ao ridículo.
Saiam de seus gabinetes, estagiários do jornalismo, vão para as comarcas. Verão que juizas e juízes são gente como nós.
E nenhum usa peruca, como nos filmes que vocês assistem.