sábado, 9 de maio de 2015

MINHA SINGELA HOMENAGEM A MÃES DE FILHOS AUSENTES

Dia das mães. Nas grandes cidades, filas ante os restaurantes, distribuição de senhas, correria nos shoppings para a compra de presentes.
Filme para lá de manjado.
Hoje quero falar daquela mulher, daquela mãe, que lá na pequena cidade do interior, onde o progresso não chegou, que acompanha seus filhos, desde o primeiros passos. O piá vai à escola e volta, ajuda nas lidas de casa, faz o tema, olha um pouco de TV e depois vai para seu humilde quartinho dormir sob a proteção de Deus.
Chega a hora, porém, em que se esgotam as possibilidades daquele lugar bom, sem criminalidade, onde todos se conhecem.
O menino e a menina têm que partir, procurar outros lugares onde haja emprego, trabalho.
E se vão, abandonando aquele torrão sagrado.
E a mãe vendo o dia amanhecer e não ter que acordar seu filho, sua filha. O quarto vazio. Aquela mulher vendo o dia do fim de semana anoitecer e seu filho lá longe, longe, onde foi procurar seu futuro.
Aquela mulher deita-se e não dorme, pensando no que sua filha estará fazendo. Todas as mães da cidade grande sabem que em determinada hora  ouvirão o barulhinho da porta: é o filho voltando.
Mas a mãe lá de longe, onde não há como o filho ficar perto dela, vai ter que esperar até 9 da manhã para ligar para o celular do fruto do seu amor:
- e aí minha filha, tudo bem?
- e aí, meu filho, tudo bem?
Meu abraço para essas mães que só podem ver seus filhos nos feriadões, e olha lá....