quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

AINDA O INTERNATO NO COLÉGIO - CARTAS ELETRÕNICAS EMOCIONADAS



 
PAULO NICOLA
Bah...........Viajei, senti-me eu internado. Não imaginas o qto entendo o que escreveste...

Bjs..

Pablyto.
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CEVI COGO
 
É, Ruy, os tempos antigos não foram fáceis, principalmente
para os filhos de italianos e alemães... e, mais, ainda, para
quem nasceu e se criou na colônia.
 
Escola de a cavalo (12 kms. ida e volta), trabalho na roça...
calça curta remendada com uma alça a tiracolo, pés descalços
ou de tamanco, polenta, chá de mate... Banho na sanga, inverno e verão,
ou apenas lavar os pés numa bacia ou gamela se o frio era demais.
O gostoso era o pão novinho e o salame...
 
Mas, são coisas que, REALMENTE, valeram a pena ter vivenciado,
porque deixaram, via de regra, as pessoas com outra visão de vida,
do dia-a-dia, sem espaços para ranços e sem esquentar a cabeça com
tudo que é insignificante e que o mundo moderno reclama. A gente se
acostumava com pouco e aceitava isso naturalmente. 
Nostalgia? Talvez sim... 
Um abração. 
Ceví
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JOÃO FELIPE WENDT
 

Boa tarde!
 
Hoje li sua história no Seminário de Kappesberg na coluna Conversa Sentada do Jornal Gazeta do Sul.
Me emocionei ao ler o texto, pois é como se eu tivesse lendo a minha própria história. Também fiquei dois anos no colégio e entrei quando era muito pequeno. Provavelmente sou um dos que chorava de noite com saudade de casa, mas com o tempo fui me acostumando com a vida no seminário apesar de ter sido a fase complicada da minha vida.
Fiquei interessado em saber quais foram os anos em que você estudou lá, pois acho que foi na mesma época que eu estudei.
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GERALDO GÖTTERT
 
 
Prezado Ruy
 
 Acompanho tuas matérias através do Jornal Gazeta do Sul e acho fantástica a narrativa, o enfoque dos assuntos e principalmente a mensagem transmitida. Muitas vezes questiono-me sobre as agruras pelas quais somos submetidos e nas palavras escritas em tua coluna vejo inspiração e coragem para obter a determinação necessária para superação dos desafios.
 
 Permita-me apresentar-me: meu nome é Geraldo Göttert, tenho 52 anos, sempre morei em Sta. Cruz (excetuando 2 anos vividos em Porto Alegre, quando estudei no Colégio Rosário, no final do segundo grau). Talvez conheças meus pais, José Alfredo Goettert e Ilse Maria Goettert (também sua leitora e amiga da sua mãe). Como somos do interior, cito meus avós paternos: João Vicente Goettert e Alvina Maria Goettert e avós maternos: Antônio Wilibaldo Eick e Olinda Eick. Trabalho há 26 anos no Banco do Brasil e anteriormente trabalhei durante 10 anos na Comercial Zimmer-Goettert. Espero transmitir para minha filha, agora com 13 anos um pouco da tua vivência e ensinamentos.
 
 Desconheço a existência de alguma obra onde os artigos ora publicados já estejam disponíveis, solicito reserva dos mesmos e alternativas para a aquisição. Caso ainda não tenhas nada compilado, sugiro a impressão de livro para posterior venda. Será de grande auxílio para nossas gerações futuras e excelente leitura para melhorarmos nosso Brasil.
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JORGE LOEFFLER
 
 
Parabéns Ruy.

Eu já grandinho me internei numa escola pública vez sabia quão custava ao meu pais mante-nos no Colégio Israelita Brasileiro. O velho Rudolf aportou em nossa cidade e aqui decidiu viver. Havia se lançado ao mar tão logo que terminou o horror enfrentado por minha avó Paulina e seus filhos já que meu avô Oscar estava no front russo. Durante a última guerra mundial meu tio Edmund que era paraquedista foi atingido por fogo inglês ainda no ar do que resultou numa dificuldade de locomoção. Levado para um campo de prisioneiros em Bari bem ao sul da Itália lá permaneceu como prisioneiro de guerra até o final de 1947. O pai mandava, via Cruz Vermelha, café, açúcar, roupas e outros itens à cunhada que vivia em München com meu primo Horst. Terminada a guerra nossa casa virou alvo de disparos de arma de fogo por vizinhos que consideravam meu pai um quinta coluna. Resultou daí que eu e meu irmão Henrique, já falecido não aprendemos o idioma, pois daquela data em diante nosso pai jamais falou o idioma alemão.Quando chegou a idade do ginásio fomos matriculados no Israelita, excelente diga-se de passagem, mas muito caro ao nosso padrão de vida o que levou à Escola de Mestria Agrícola Canadá em Viamão, internato patrocinado pelo Estado. Hoje vemos ser empurrada goela abaixo ao nosso povo a cultura castelhana de fronteira como sendo a verdadeira cultura de nosso estado e os ignorantes que desconhecem o estado que graças aos imigrantes em sua parte norte é riquíssimo ao passo que a metade sul é ainda feudal. O Rio Grande devia ser agradecido a germanos, italianos e outras etnias que fizeram a pujança da parte norte do nosso estado.