sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

BAH! NÃO ME DIGAM QUE O ROSE PLACE AINDA EXISTE !


Depois de terminar meu primeiro casamento passei quase dez anos morando só, salvo algumas temporadas.
Eu ia muito sextas-feiras lá no Rose Place, na 24 de outubro, em Poa. Me encontrava com amigas e amigos, todo mundo solteiro ou divorciado. E às vezes dava uma azaração.
Rodavam músicas boas, tinha um filé cortadinho e aquela Budweiser ( na época eu ainda tomava cerveja).
Meu amigo preferido de irmos juntos lá era o Luiz Glênio , prematuramente falecido.
Corta para minha casa em São Leo.
Frio, ventos uivantes. Eu sozinho, de lareira acesa, às 10 da noite de 6a. feira.
Toca o telefone, era o Luiz Glênio. 
- Ruyzão! hoje tem uma juiza, recém separada, a Ana, que vai festejar seu niver no Rose Place. Vamos nessa?
- nem pensar, tá muito frio.
- pô, Ruyzão, eu nunca te neguei o estribo, não quero ir sozinho. Vamos lá!!
Uma hora depois eu  estava lá, nos sentamos ao balcão e mandamos derrubar as Buds. A gente  morria de rir de umas drag queens que entravam. Mas nada da aniversariante que  o Glênio queria atracar.
De repente ela chegou, acompanhada de outras duas e de um cara fortão e bonitão.
- Chii, Glênio, deu pra ti. Ela já arrumou namorado.
Conversamos  com o cara e com elas, até que a aniversariante e seu amor foram cumprimentar os demais.  As duas amigas se sentaram com a gente e ficamos de papo, até que peguei a loirinha, a mais bonita delas,com sotaque  campeiro, mas super quieta e convidei para dançarmos " What a wonderful world".
E fomos dançando e dançando. Quando tocou " love me tender" cantei a letra   no ouvidinho dela.
Depois perguntei:
- como é teu nome?
- Maristela.