sábado, 30 de novembro de 2013

ENCONTROS DE TURMAS - ESTRANHOS SENTIMENTOS

Certas coisas são fugidias, como essas amizades que se fazem em excursões de viagens. "Nunca mais vamos nos separar, todos os anos vamos nos encontrar".
Não dura um ano e todo mundo atira fora os cartões e deleta os mails.
As amizades de infância, se interrompida a convivência por longo tempo, vão para um limbo sem ar nem calor. A gente respeita, quer bem, mas já se é estranho. E a conversa se cinge às molecagens de cem anos passados.E dura 5 minutos. É um saco.
As turmas de faculdade são problemas depois de uns dez anos. Uns deram certo, outros não. A maioria se divorciou ou está no quarto casamento. E ainda tem a ciumeira  contra os que tiveram sucesso na vida. E, ó Freud! nos encontros renascem, depois do terceiro chopp, as querelas daquele tempo. Por isso nunca tomo nada de álcool nessas ocasiões. E costuro a língua nos beiços.
O mal dos almoços ou jantas de turma disso ou daquilo é que os caras guardaram tua fotografia do tempo de convivência e ficam brabos porque não queres mais falar nisso, tomaste outros caminhos, tens outros filhos, estás morando em Berlin.  Não. Querem porque querem te chatear  recordando a vez que vomitaste em pleno barzinho do centro acadêmico .