quinta-feira, 31 de outubro de 2013

AS CONSTRUÇÕES DO HOMEM E SEUS DIFERENTES DESTINOS


Algo que me instiga é , quando caminho por aí ou viajo, observar as construções.
Da primeira vez que cruzei, ali perto de Manoel Vianna, pela Barragem do Itu, tive um choque. Um monstro morto, escuro, habita o rio. Trata-se de uma obra iniciada parece no tempo do Jânio Quadros e  parada há decênios. Lá está o cadáver, de ferros retorcidos e concreto apodrecido.
Às vezes vejo construções que, pelo jeito, já foram sedes de indústrias ou algo assim. Agora estão depredadas e abandonadas. Um exemplo é o conjunto de prédios onde era o Lanificio ali em Esteio. Fervilhava de empregados. Agora está ali, vazio, como um fantasma.
Em Xangri La e Atlântida é fácil de observar como famílias tinham dinheiro e posses, fizeram mansões, mas  devem  ter vendido ou ficado pobres e agora, em não poucas, aparecem os ferros  enferrujados das vigas, de onde se soltou a argamassa. O telhado, qual um idoso, ficou encurvado. O gramado cheio de inços. e ali há alguns anos estacionavam caminhonetões.  Noutras casas vê-se garagens com portão estreito, a denotar que eram de um tempo em que as famílias só tinham um carro e  pequeno.
E os Hotéis, então, como perdem rápido seu glamour. E, alguns, à maneira de um cadáver insepulto, até  um odor de mofo exalam.
Sic transit gloria mundi, sic transit gloria hominis, eu acresceria.
O fausto, a riqueza, são inconstantes. As famílias se revezam na abastança  e na decadência.
É só um membro da família " se achar" e ele acaba sendo achado ladeira abaixo.
Falo isso aos jovens cujas famílias têm empreendimentos.
Olho esperto, nada de desperdício e jamais esbanjar.