O dia amanheceu lindo, com garoa, céu plúmbeo.
Estava eu caminhando pela praia, quando começaram a cruzar carros com bandeiras. Sim, carros na praia. Não achei certo. Olhei para o Norte e se desenhava a cavalgada lá por Capão.
Sentei-me num cômoro e esperei.
Dois brigadianos puxavam a comitiva, os cavalos encilhados modo militar, o que achei certo.
Logo atrás cavaleiros à maneira gaúcha, muitas bandeiras, inclusive do Uruguay.
Vi muitos falando ao celular e tomando latinhas de cerveja. Tinha até uma van onde estava escrito - Bar Ambulante.
Não vi ninguém retoçando ou empinando os animais. Todo mundo em ordem.
Poucas mulheres, poucas crianças.
Na verdade só vi um cavalo, sem raça definida, pelo tobiano, que não me pareceu em bom estado nutricional. Em português claro: um pangaré muito feio.
Também muitas charretes e até uma " charrete de som". Logo tive um pensamento malicioso de onde é que seria, mas fiquei frio.
No mais, os cavalos bem encilhados, à nossa maneira campeira. Não vi nenhum com sela americana.
Apesar da bronca do Loeffler contra essas cavalgadas, achei até um espetáculo bonito.
É claro que não vi nenhum produtor rural conhecido meu. É que a gente monta a serviço e esses que desfilaram são gaúchos da cidade e que gostam desse esporte.
Acho que está bem. Melhorou grande a disciplina.
