segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

MAIL DA SOCIALAITE RUTH LANTH D' SLUMBRATTA


Oimmmm, mi Rubiesito querido, como estás nêne? fenômeno?
Rudyzinho, não queiras saber como estou feliz. estou hospedada no Hotel Conrad, em Punta , com meu mais novo marido e este vai ser definitivo.
Ai, não imaginas minha tristeza ao caminhar pela calle Gorlero, espichar os  olhos, vejo o Nestor Hein, o Frederico Antunes, o Paulo Sérgio, o Gasparotto, os Gerdau, aquele cujo nome não lembro, mas é empresário de futebol, e não te vejo... Que tristeza, Rudyzinho, tu que deixavas esvoaçar tua vasta cabeleira pelas ramblas e hoje não participas de nada, todo mundo pergunta e eu só ouço essa triste sentença:
- o Ruyzão só pensa nos boizinhos dele e no escritório de advocacia. Nem em Viena não aparece mais.
Querido: meu novo e definitivo marido é um refugiado do Sudão do Sul, um país novo, eu sei que não conheces. O pai dele era chefe de uma tribo e prenderam ele. Os bancos foram obrigados a bloquear sua fortuna. Então eu o conheci numa vernissage no Rio de Janeiro. Rudyzinho: ele é um deus de ébano, ombros largos, barriga de tanquinho, os dentes são um colar de pérolas. ele aguarda ansiosamente a liberação da fortuna do pai dele. Então eu dei uma mão : vendi um dos meus apartamentos ali  na Barão de Santo`Ângelo por tres milhões de dólares e emprestei o dinheiro a ele. Ele me prometeu pagar juros de 17,87 por cento ao ano.  Que belo negócio, como ele é querido.
Amado, ele é um príncipe de ébano, mas está sempre cuidando de uma de suas escravas que ele trouxe junto, parece que era, apesar de só ter 18 anos, concubina do pai dele . Eu ouço ela às vezes soltando gritos no  quarto dela quando ele vai lá, mas ele faz bem em a castigar e ele volta de lá bem cansado e abatido, se arrastando em campo.
Então tá, pedi para minha secretária do lar , a Sissyellissy, bater a máquina para mim este mail no computador. Eu não entrei  nessa loucura de informática.
Besos mojaditos mi Rubyesito.
Continuas casado? se não, vem aqui para Punta, que quero te apresentar uma colega nossa dos tempos de faculdade.