terça-feira, 2 de outubro de 2012

LEILÕES DA GESSINGER - ALGUMAS LIÇÕES


Repito: eu sou um aprendiz. E tudo do pouco que sei sobre pecuária, devo a meus amigos de Santiago e Unistalda.  E quero continuar aprendendo até o fim.

Queria apenas expor os “ cases” em que acho que se constituíram o 2. E o 3. Leilões da Gessinger.

No segundo, realizado em janeiro, a seca estava em seu auge. Muitos achavam temerária a nossa iniciativa. Sabíamos, porém, que havia lugares onde havia chovido. Também tínhamos fé no taco da nossa qualidade. O remate de 250 animais durou 50 minutos. Nos prazos avençados, recebi todos os pagamentos. Agora o detalhe: a maioria absoluta dos lotes foram vendidos para gente de fora da nossa região. Indagando, descobri que o que atraiu os forasteiros foi o fato de haver, num só local, número expressivo de animais, de uma só marca. Valia , portanto, a viagem. Muitos já vieram com seus caminhões, o que facilitou as vendas.

No segundo leilão, há pouco realizado, houve pista limpa, conquanto os preços tenham sido menos expressivos, mas plenamente sartisfatórios. Foi fundamental termos dado prazos mais longos para pagamento. Desta vez, vários compradores da nossa região, inclusive vizinhos nossos.

Observei, no entanto, o seguinte:  nesse leilão incluí lotes que não eram originalmente da Gessinger, mas que recebemos em negócios.  Esses lotes, apesar de relativamente bons, patinaram , mas acabaram saindo. Pouco depois entraram fêmeas crioulas nossas,  leves, de pouco peso, mas com mais qualidade e os preços foram lá em cima.

O remate tem algumas características: não adianta você exigir que os lances comecem no ponto em que quer vender. A lógica do leilão exige que se comece com um lance mais baixo. Pode dar uma zebra e ninguém lançar? Pode, mas é do jogo.

No nosso próximo leilão vou sugerir ao Guarany Remates que haja o chamado “ pré lance” . Se, por exemplo, o comprador oferecer um lance atraente, nada obsta a que sequer entre em pista, sendo adjudicado ali mesmo no brete  ao interessado.

Já ouvi muitos dizerem que Santiago é uma  praça inferior em matéria de vendas de gado, perdendo para muitas outras como Cruz Alta, S.F de Assis e Alegrete.

Ouso discordar. Nosso parque é bem  localizado e as instalações são aceitáveis.

O que penso muitas vezes faltar é um pouco mais de merchandising e arrojo aos vendedores.