sábado, 7 de julho de 2012

MAIS REFLEXÕES JUNTO À LAREIRA


De novo recolhido ao  abrigo secreto para onde já carreei um violino,  muitos CDs de música erudita, livros, ouço o vento uivando. Lá fora está frio, sei porque tive que  ir  buscar mais uns tocos de lenha.
O verão só serve para festa - não conheço um que consiga refletir e meditar no caloraço. Basta ver a superficialidade e a alegria infantilóide dos povos dos trópicos.
Deixando isso de lado, vem de ser promovido a Desembargador um ainda jovem juiz de quem fui professor de Direito Penal I.  Além de descender da lendária estirpe dos Fabrício, o rapaz é missioneiro.
E missioneiro é um povo diferente e especial, que não curva a cerviz.
Eis a carta que me mandou agorinha, sacudindo meus sentimentos,


Ruy:



Caprichei na letra, torta e feia. Afinal, o caderno era novo. E era o primeiro dia de aula. Março de 1984. O professor de Direito Penal I escreve no quadro: princípio da legalidade. Se vira pra turma e - olhando como se fosse algo lá longe - diz a primeira palavra que eu anotei na Escola Superior da Magistratura, proferida por um Mestre: jurisdictio.

Passaram mais de 28 anos, Ruy.

Parece que foi ontem.

Um abraço.

E muito obrigado.



Newton Fabrício