sábado, 1 de outubro de 2011

O RIO GRANDE PRECISA VOLTAR A PROCURAR SUAS RIQUEZAS ESCONDIDAS







Gostei muito do poema que Nenito me dedicou.
Dos de sua lavra, nunca vi nada de  pachola, burlesco ou superlativo, como há tantos, principalmente os de músicas  ditas " galponeiras".
Há quinze anos que administro uma estância de verdade, com suas várzeas, cerros, matos, sangas, animais silvestres, flores. Admiro o campeiro verdadeiro e é em Unistalda e na volta que se encontram os mais autênticos.  Sim, autênticos, não cow boys, nem  " paulistas" com suas calças jeans.  Homens que adoram cavalos e cachorros, gostam de um baile, mas pouco do que se diz naquelas letras  de tchê music diz respeito a eles.
Nenito, Miguel Marques, muitos campositores, tem cheiro de campo e temos que prestar mais atenção neles.
Nosso bioma Pampa existe, com suas flores, sua fauna, seus costumes, seu linguajar.
Seria de utilidade que nas localidades por ele compreendidas, principalmente as pequenas, os professores e as mestras incentivassem os jovens a escrever sobre o que veem nas suas casas e na sua volta.  Sem superlativos. Sobre como ajudam a seus pais, sobre como os auxiliam a tosar a marcar, a curar uma bicheira.  sobre o que conversam no transporte escolar. 
Falo tudo isso porque não param de me chegar mails dando conta de surpresa e admiração pelas singelas fotos que recentemente postei.
O Rio Grande da Metade Sul está escondido atrás do alarido de P. Alegre.