quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ESTOU MEIO MAREADO - OU SERÁ QUE EU ERA FELIZ E NÃO SABIA?

( foto - j. lemes)
Há duas semanas que só respiro, como, durmo, bebo Expointer. Os preparativos, a longa viagem cheia de incidentes com os animais. Uma semana de espera no Parque, esperando os bichos se adaptarem. Depois, as idas e vindas com colossais engarrafamentos na BR 116.  Corre até o escritório, volta para o Parque. Os julgamentos, as correrias quando falta algo. as glórias efêmeras dos prêmios.
Agora aproxima-se o 11 de setembro, quando houve os acontecidos de New York.
Naquele dia eu estava desde cedo num fundo de campo com meus peões, revistando invernadas, curando os abichados. Meio dia fizemos, ao ar livre, debaixo de uma frondosa árvore, um fogo com lenha de angico e assamos  uma carne bem gorda. Comemos com pão, usando só as mãos.
Estávamos ali estirados após o cenáculo, sobre os pelegos. Era um dia primaveril. Pássaros cantavam.
Toca o celular. Era meu sobrinho Cristiano, colega de escritório:
- Pô, tiozão. Onde tu estás? Tá caindo o mundo!
Respondi-lhe placidamente: aqui na Unistalda não chegou nada disso. E continuei minha soneca.
Mudou o mundo depois disso?
Tenho que voltar à vida que levava naquele setembro de dez anos atrás.