segunda-feira, 27 de junho de 2011

DA INEXORÁVEL DESTRUIÇÃO DE RITOS E LITURGIAS

Li um artigo de um advogado, enviado a mim pelo dr. Rogowski, no qual se lamentava o afrouxamento da cerimônia nos Foros e Tribunais.
Mas não é só aí que existe essa abrogação de ritos e liturgias.
Hoje almoçava eu com o Paulo Sérgio Pinto e juntou-se a nós um jovem advogado que insistia em tratar Paulo Sérgio por " senhor", apesar de o ilustre comunicador dispensar  a gala.
Foi quando me dirigi ao moço causídico lhe dizendo:
- és um rapaz que procede de uma família de fundamento e isso explica teu fino trato.
Em muitos países ainda se exige que a criança levante a mão com o dedo indicador para cima e só então se lhe concede licença para falar. Assim era no meu tempo de primário.
Fui criado em Tribunais e Foros nos quais o aparte era pedido com todas as vênias.  Também me foi ensinado a  pedir licença, dizer obrigado e dar passagem aos mais velhos; por igual, que se deve ter critério com os trajes, dependendo de lugar e ocasião.E que a cerimônia evita dissabores.
De outro lado me parece imprudente destruir liturgias, pois elas são nada mais e nada menos do que a acumulação de séculos de sabedoria e conveniência.
Em vários quartéis, onde a hierarquia e a rigidez dos cerimoniais foram  desleixados, o resultado foi catastrófico.  Até numa empresa é conveniente que se observem normas de precedencia e de tratamento.
Mas hoje tudo isso, ao menos na América Latina, são " lérias" e a guerra está perdida.
Ou não?